domingo, 7 de setembro de 2008

DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MENTAIS

Refere-se a problemas ortopédicos ou neurológicos que afetam o uso do corpo. Em especial o sistema osteomuscular, incluindo a coluna vertebral, músculos, ossos e articulações, além disso estão incluídas as categorias de paralisia cerebral (PC) poliomielite, lesão medular, distrofia muscular e desvios posturais.

PRINCIPAIS CAUSAS

Congênitas: má formação do feto, pelo uso de medicação, fumo, droga etc.
Adqüiridas: tumores, traumas (acidente) e doenças que causam problemas circulatórios.

CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA

Paraplegia: paralisia de ambas as pernas e parte inferior do tronco.
Monoplegia: atinge apenas um mebro.
Diplegia: envolvimento de ambas as pernas com leve envolvimento dos braços.
Hemiplegia: atinge os membros superiores e inferiores de mesmo lado do corpo.
Triplegia: atinge três membros com freqüência as duas pernas e um braço.
Tetraplegia ou Quadriplegia: atinge os quatro membros.

DEFICIÊNCIA MENTAL

Deficiência mental, ou retardamento mental, diz respeito à condição na qual a pessoa apresenta comportamento intelectual e adaptativo abaixo da média.

CLASSIFICAÇÃO QI CATEGORIA DEFICIÊNCIAS
Profundo 25 Residencial Total
Severo 25-39 Treinável Semi-dependente
Moderado 40-54 Treinável Semi-dependente
Leve 55-70 Educável Independente
Limítrofe 71-84 Educável Independente

QI: Quociente da inteligência.

INCIDÊNCIA POR NÍVEIS DE DIFICIÊNCIA MENTAL

Profunda: 1,5% Severa: 3,5% Moderada: 6% Leve: 89%

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MOTORAS DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA MENTAL

- falta de coordenação motora
- tempo de reação lento, problemas posturais no eqülíbrio
- lentidão para o desenvolvimento de habilidades motoras
- falta de resistência cardiovascular e respiratória
- baixa consistência espacial, temporal e corporal

SÍNDROMES

O PROJETO GENOMA HUMANO

Cientistas de diversos países do chamado Primeiro Mundo fazem parte de um arrojado programa estabelecido pelo governo norte-americano e destinado a mapear todos os genes dos 23 pares de cromossomos que compõem o cariótipo humano.
O grande objetivo da missão é detectar e localizar os genes causadores de doenças hereditárias, a fim de que, por meio da tecnologia do DNA recombinante, se tornarem possíveis à prevenção e à erradicação dessas doenças. O programa recebeu o nome de Projeto Genoma Humano e prevê que até o ano de 2005 sejam mapeados os cerca de 80 mil genes nos nossos cromossomos. E já são conhecidas cerca de 6 mil doenças genéticas que afetam a humanidade.

SÍNDROME DE DOWN (erroneamente chamada de mongolismo)

Caracteriza-se pela oligofrenia e manifestações externas bem caracterísicas, como fenda palpebral tipo mongol, epicanto (prega semilunar da pálpebra superior, sobre o ângulo interno do olho), macroglossia (língua grande, mal contida na boca), hipospádia (baixa implantação do canal da uretra), prega simiesca na palma da mão (não há o conhecido M da mão), além de alterações dos padrões normais de impressões digitais, palmares e plantares, que só os especialistas podem identificar, e ocasionais malformações cardíacas, estrabismo e eritema (vermelhidão) circunscrito das bochechas. O portador de down masculino é estéril o que não sucede com o sexo feminino. A doença é ligada a uma trissomia do cromossomo 21.
O risco de gerar um filho portador de down é variável de acordo com a idade da gestante.

IDADE MATERNA POSSIBILIDADE DE DOWN
menos de 29 anos 1 em 3.000
30-34 1 em 600
35-39 1 em 280
40-44 1 em 70
45-49 1 em 30


SÍNDROME DE KLINEFELTER

É uma cromossomapatia ligada à trissomia do cromossomo 23, isto é, dos heterocromossomos (cromossomos sexuais).
O tipo mais comum se caracteriza pelo cariótipo 47, XXY. Com efeito, já se identificaram outros portadores dessa síndroma com cariótipos mais complexos, como XXXY, XXXYY, XXYY etc.
O paciente revela biotipo leptossômico (magro e alto), freqüentemente algum retardo mental, testículos pequenos e ginecomastia (presença de mamas em homem).
O exame microscópico de suas células demonstra a presença de corpúsculos de Barr (uma característica de células femininas).
A anomalia tem uma freqüência de 1:400 rescém nascidos do sexo masculino.
Quase sempre, ocorre a esterilidade do paciente por malformações dos genitais internos (disgenesia dos canais seminíferos).

SÍNDROME DE TURNER

A síndrome de Turner se justifica por uma monossomia do cromossomo X, isto é, as células somáticas da pessoa possuem 45 cromossomos em vez de 46.
Nessa circunstância, os pares cromossômicos de 1 a 22 estão normais, porém há somente um heterocromossomo, que é do tipo X.
O cariótipo fica, então, 45,X (numa mulher normal, o cariótipo seria 46,XX e num homem seria 46,XY).
Há portanto, monossomia do cromossomo 23. Nessa anomalia, os afetados exibem sexo feminino, mas o exame citológico revela a ausência de cromatina sexual (corpúsculo de Barr).
Ocorre na freqüência de 1:4.000 mulheres normais.


SÍNDROME DE LAURENCE-MOON-BIEDL

Manifestação hereditária bastante rara (freqüência abaixo de 1:160.000), presidida pela ação de gene autossômico recessivo, caracterizada por uma síndroma bem variável, na qual são mais comuns a obesidade, o hipogenitalismo (pouco desenvolvimento dos órgãos sexuais), deficiência progressiva da visão e nítido déficit mental.
Podem ocorrer, também, polidactilia (presença de dedos a mais tanto noe membros superiores quanto inferiores), anomalias cardíacas etc.


SÍNDROME DE MARFAN

Outro quadro clínico de fundo genético dependente de gene autossômico, neste caso dominante.
A freqüência é de aproximadamente 1:68.000 nascimentos.
O doente revela, durante a infância, crescimento exagerado (excesso estrutural), anomalias oculares, defeitos cardíacos e, notavelmente, aracnodactilia (dedos longos, cuja imagem radiológica mostra uma estrutura óssea esponjosa, lembrando a teia de aranha).


SÍNDROME XXX (do triplo X)

É uma variante da síndroma de Turner com a agravante de um estado de maior debilidade mental.
Tentou-se, em certa época, lançar-se a denomiñação de síndrome da superfêmea, o que não se firmou pela impropriedade da qualificação.
Ocorre na proporção de 1:7000 nascimentos.


SÍNDROME XYY (do duplo ípsilon)

Esta é outra cromossomopatia que tem sido bastante estudada nos últimos tempos.
Ocorre com freqüência de 1:600 nascimentos.
Seus portadores são homens aparentemente normais, raramente com algum déficit mental.
Entretanto, pesquisas feitas em penitenciárias norte-americanas vieram revelar que grande parte dos presos de alta periculosidade são portadores de cariótipos com essa aneuploidia (47,XYY).


SÍNDROME DE EDWARDS

É também chamada síndroma de trissomia 18, pois ocorre como conseqüência de uma trissomia dos cromossomos do grupo E, na classificação de Denver.
Tal como na síndrome de Down, a freqüência dessa anomalia está associada à idade materna, pois mais da metade dos casos catalogados está representado por crianças nascidas de mulheres com mais de 40 anos de idade.


SÍNDROME DE PATAU

A síndrome de Patau é também conhecida como síndrome de trissomia 13, porque é exatamente o cromossomo nº 13 que se encontra em triplicata.
Na síndrome de Patau, a cabeça é pequena (microcefalia), os olhos, que podem ser pequenos ou até ausentes, quando presentes estão acentuadamente afastados um do outro, as orelhas são deformadas e baixamente implantadas, o pescoço é curto.
Sua incidência é de 1:5.000 nativivos. O cariótipo é 47,XX ou XY + 13.


SÍNDROME DO CHORO-DE-GATO

Também chamada síndrome do cri-du-chat ou miado-de-gato, esta síndrome é ligada a uma aberração cromossômica e não a uma aneuploidia.
Trata-se de uma deleção (ausência) do braço curto do cromossomo nº 5.
A criança afetada tem um choro que lembra miado de gato.


DEFICIENTE NA FAMÍLIA


O problema da família com uma criança com retardo mental, cega, surda, deficiente ortopédica ou epiléptica é um exemplo de experiência universal. A maneira como a família enfrenta a decepção é um trauma inesperado.
As crises familiares, a ambição frustrada e elevados níveis de tensão constituem experiências comum à maioria das famílias.
A família é um pequeno sistema social independente que contém subsistemas.
O que quer que aconteça a um membro da família reflete-se no sistema como um todo.
Na ocorrência de problemas mentais ou físicos ocorre um sentimento de culpa por parte da mãe, muitas vezes acreditando ser um castigo de deus.
Quando a mãe recebe a notícia da deficiência de seu filho, entra em um estado de choque assim como o pai. No início juntam-se as forças da família para enfrentar a situação, mas no decorrer do tempo, torna-se uma situação desgastante porque todas as atenções voltam-se ao deficiente.
A relação marido-mulher é a mais afetada sexualmente e socialmente muitas vezes com resultados de separação. Muitas vezes a família é negligenciada bem como as obrigações matrimoniais em prol da criança portadora de alguma necessidade especial.


PADRÕES DE REAÇÃO PARENTAL AO FILHO PORTADOR DE NECESSIDADE ESPECIAL

As reações mais comuns ao advento de uma criança portadora de necessidade especial numa família, resulta geralmente numa negação da realidade da deficiência, a auto comiseração, a ambivalência em relação à criança ou a rejeição dela.
A presença de uma criança portadora de necessidade especial constitui uma tensão adicional.
Uma das fontes de conflito está em que a presença de uma criança deficiente na família, restringe certos componentes do ciclo familiar. A criança pode ocupar permanentemente a posição social de caçula da família pois será sempre dependente.
Muitas pessoas enfrentam realisticamente os problemas da criança deficiente encarando as decisões iniciais e as tensões adicionais de maneira bem integrada.

NEGAÇÃO DA INCAPACIDADE DA CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADE ESPECIAL

A maioria dos pais nega a evidência da inadeqüação do filho excepcional. A esperança parental de que o filho ultrapasse suas próprias realizações contribui para essa reação.
Muitos pais jamais progridem além do estágio de aceitação parcial. Podem aceitar o diagnóstico, mas rejeitam suas implicações prognósticas.

SENTIMENTOS AMBIVALENTES EM RELAÇÃO AO FILHO

A restrição das atividades, as responsabilidades adicionais, os pequenos desapontamentos da maternidade ou paternidade, as ansiedades e irritações que são partes normais da ge~stação e criação dos filhos, produzem reações parentais ambivalentes.
Os pais aceitam e amam, mas também rejeitam e desgostam de seus filhos. É inevitável que componentes negativos dessa ambivalência se acentue quando um filho é deficiente.
Essas variações negativas variam desde o desejo consciente e declarado de que a criança morra ou de que jamais houvesse nascido.
Os sentimentos ambivalentes dão lugar às reações de culpa, que resultam freqüentemente na superproteção, na super slicitude e numa vida parental de martírio. Uma tentativa de negar ou compensar os sentimentos hostis dos quais a pessoa se envergonha.

PROJEÇÃO

A ansiedade referente a culpa pessoal ou a sentimentos inaceitáveis de ressentimentos e hostilidade pode ser diminuída, responsabilizando-se uma outra pessoa. Esse ressentimento pode ser direcionado para outros filhos ou cônjuge, o médico etc.

CULPA, VERGONHA E DEPRESSÃO

A vergonha refere-se a reação sobre o que irão pensar e dizer as outras pessoas ao passo que a culpa refere-se aos sentimentos individuais de auto reprovação ou auto condenação.
A vergonha é mais direcionada no sentido das outras pessoas, a culpa mais auto dirigida.
A expectativa da ridicularização ou da crítica de outrém, enquanto a culpa envolve a auto responsabilização, remorso pessoal e um sentimento pessoal diminuído.
Os sentimentos de culpaa, de auto responsabilização, com a ansiedade e auto conceito rebaixado que os acompanham, resultam na depressão.


ACONSELHAMENTO PARENTAL

As metas de aconselhamento parental são de natureza intelectual, emocional e comportamental.
Os pais precisam de informações acerca de natureza e extensão da excepcionalidade da criança - informações diagnósticas - informações sobre a causa provável da deficiência de seu filho. Devem ser informados sobre o que o futuro pode reservar para a criança deficiente.

ACONSELHAMENTO EM GRUPO

O grupo de apoio aos pais, as experiências compartilhadas e os sentimentos comuns, parecem reduzir o fardo emocional individual na discussão em grupo.
A culpa, a vergonha, a auto comiseração diminuem quando um pai descobre que outros partilham de seus problemas.


OS DIFERENTES TIPOS DE APRENDIZAGEM

Sistema de Ensino

Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais
preferencialmente na rede de ensino art.4 inciso III da Lei 9394/96.

Um comentário:

Winnie disse...

A Síndrome de Marfan afeta a coordenação motora?Pois meu filho é portador da síndrome, tem 4 anos e está com muita dificuldade na parte de coordenação motora.O que posso fazer pra ajudar?